terça-feira, 29 de novembro de 2011

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO (2° VA)

Metodologia do Ensino da História II
Francisco Ernandes Braga de Souza

Apresentação
Este relatório é resultado da experiência de quatro (04) aulas aplicadas numa turma de 4° Ano, numa escola municipal de Goiana, que teve como tema: Memória da história da comunidade. O objetivo com isso é despertar o interesse pela história através de relatos de moradores mais antigos da comunidade, oportunizando desta forma a exploração de outras fontes de informações, como a história oral. O plano sofreu pequenas alterações para se adequar ao contexto em que foi aplicado, pois a comunidade na qual está inserido a escola é remanescente de quilombolas.

Métodos e Técnicas
No momento inicial realizou-se uma breve apresentação da proposta e sua relevância na vida pessoal e social do educando. Em seguida, para ilustração do conceito de que é um quilombo, foi exibido um vídeo da coleção: A cor da cultura, em que retrata a formação de quilombos.
No momento seguinte foi realizado a contação de estórias do livro: estórias quilombolas, sobre o homem que vira onça, o ouro enterrado, sexta-feira da paixão e a rezadeira. Foi solicitada a releitura plástica da contação. Também fizeram memória usando a narração oral.
No momento seguinte, eles foram provocados a narrar às histórias que são contadas na comunidade, o que eles sabem e como vêem a comunidade. Sendo ilustrado com desenhos. Também narraram oralmente.
Para explorar melhor a história local, foi sugerida a visita de campo, sendo elaborado um pequeno roteiro de perguntas, para conversar com pessoas mais antigas da comunidade.
Visitamos a residência de três (03) pessoas bem conhecidas, inclusive familiares de alguns educandos. Eles escutaram muitos depoimentos e recordações.
Em sala de aula foi realizado a culminância das atividades com exposição das produções.

Resultados e Discussão
Este projeto gerou algumas expectativas positivas, apostando na possibilidade de apresentar algo novo e diferente na maneira de construir conhecimento, sendo eles também fontes de informações. Porém, ciente das inúmeras dificuldades, quanto a comportamento, resistência ao diferente, pois são habituados a copiar do quadro para o caderno o “dever”, e dificuldades quanto à leitura e escrita, a maioria expressiva ainda silabando. Mesmo assim, o resultado foi regular.
As etapas foram vivenciadas de maneira participativa e atrativa, pois demonstraram interesse nas atividades, realizando-as em sua grande maioria, mesmo existindo uma freqüência irregular, podendo vir a comprometer a compreensão ampliada da abordagem sobre o objeto estudado. 
As atividades sugeridas tiveram a intenção de aproximar os alunos ao seu contexto histórico de maneira mais lúdica, em que se expressaram principalmente através de desenhos, explorando assim o uso da imaginação e da fala, desenvolvendo com isso a oralidade pela escuta e síntese crítica do que compreenderam.
Segundo FONSECA (2006), as narrativas, as histórias de vida, os relatos orais permitem-nos captar as vozes e as esferas ocultas de pessoas que vivem à margem do poder, como por exemplo, no Brasil, as vozes dos negros, dos pobres, das mulheres, dos indígenas, das comunidades rurais, dos habitantes de favelas e, no caso em evidência, dos alunos.

Referência
FONSECA, Selva Guimarães. Aprender a contar, a ouvir, a viver: as narrativas como processo de formação. Campinas SP: Ed. Papirus, 2006.

Um comentário:

  1. Franscisco,
    Segues com a dificuldade de enteder os texto trabalhados em aula.
    "a contação de estórias do livro" feita no primeiro momento não é a proposta de valorização das narrativas orais proposta por FONSECA.
    Te proponho que releia este texto e o entenda, e que releia os demais e veja em qual das metodologias propostas pela disciplina tua aula se inspira.

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